No
dia 13 de Março será comemorado o Dia Mundial do Rim. E 2014,
foi selecionado o tema “1 em 10. O Rim envelhece, assim como nós”. A proposta
é chamar a atenção para a alta prevalência da DRC, que pode chegar a 10% da
população, especialmente entre os idosos, porque o risco de desenvolvimento da
doença aumenta com o envelhecimento.
Atualmente,
a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem considerado as Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT) com um dos principais desafios em saúde pública para as
próximas décadas. Essas doenças estão intimamente relacionadas com os hábitos
de vida da sociedade contemporânea, bem como com o envelhecimento da população
mundial. Nesse contexto, a OMS traçou estratégias para a redução da mortalidade
por essas doenças até 2022. O Brasil foi um dos primeiros países a aderir
oficialmente a esse programa. A DRC passou a ser considerada um dos pilares do
Plano de Enfrentamento das DCNT no território brasileiro.
De
acordo com informações da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados do
Pará, a DRC é caracterizada pela perda progressiva e irreversível das funções
renais. A sua real prevalência não é totalmente conhecida, mas cerca de 10% da
população adulta tem algum grau de perda de função renal. Esse percentual pode
aumentar para 30% a 50% em pessoas acima de 65 anos, deixando evidente que o
risco para o seu aparecimento aumenta substancialmente com o envelhecimento.
Hoje, de acordo com dados do IBGE, cerca de 10% da população brasileira tem
mais de 65 anos de idade.
Levando
em conta o número considerável de pessoas acima de 65 anos, em 2014,
instituições e entidades privilegiavam abordar o paralelismo entre o
envelhecimento e a DRC. Tendo em vista tratar-se de uma Campanha cujo objetivo
é a prevenção, torna-se fundamental dar publicidade aos principais fatores de
risco para o desenvolvimento da doença. Entre esses fatores, deve-se destacar a
hipertensão arterial, o diabetes melitus, obesidade, tabagismo e presença de
história familiar de doença renal. Segundo o governo brasileiro, considerando a
população brasileira maior de 18 anos, mais de 20% tem hipertensão arterial,
cerca de 8% tem diabetes, 18% é tabagista e cerca de 50% metade tem excesso de
peso. Os desfechos mais alarmantes da DRC são a mortalidade por doença
cardiovascular e a necessidade de Terapia Renal Substitutiva (TRS). Para se ter
uma idéia da gravidade cardiovascular da DRC, um jovem de 30 anos que esteja em
diálise tem a mesma chance de morrer do coração que um senhor de 80 anos com a
função renal esperada para a sua idade. A TRS consiste de hemodiálise, diálise
peritoneal e transplante. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de
Nefrologia (SBN), em 2012 havia cerca de 100 mil brasileiros em diálise.
Desses, 30% tinham mais de 65 anos de idade, sendo essa freqüência três vezes
mais elevada do que na população geral.
Ainda
de acordo com dados da SBN, em torno de 90% dos pacientes em diálise são
tratados pela modalidade hemodiálise, sendo 85% desse tratamento financiado
pelo Sistema Único de Saúde, com um gasto anual estimado em R$ 2,2 bilhões.
Apesar do tratamento substitutivo através da diálise, a mortalidade desses
indivíduos é em torno de 15% ao ano, sendo maior no início da terapia, por
conta do diagnóstico tardio. Um dado chocante, e que contribui de forma
significativa para essa mortalidade é que cerca de 70% dos pacientes que
iniciam diálise desconheciam ser portadores da doença. Por esses motivos, o
diagnóstico precoce é fundamental. Todo e qualquer paciente que apresentar um
dos fatores de risco mencionados (hipertensão, diabetes melitus, idade
avançada, história familiar), em qualquer nível de atendimento de saúde, devem
ser triados para a DRC através do exame de urina e da dosagem de creatinina no
sangue.
No
Pará a situação não difere do Brasil, em 2011 o governo do estado investiu
comprando 84 maquinas de hemodiálise e instalando novos serviços em Belém e
Bragança e aumentou a capacidade dos Hospitais Regionais de Redenção, Altamira
e Santarém. São 10 municípios com 22 serviços assim distribuídos: Belém 11
serviços, Ananindeua 2 serviços, Marituba, Castanhal, Bragança, Ulianópolis,
Marabá, Redenção, Altamira 1 serviço e Santarém 2 serviços.
Hoje,
conforme informações da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados do Pará
(ARCT-PA), existem no Pará 2.319 pacientes em tratamento dialítico e 490
pacientes transplantados renais.
Programação a se
realizar nesta semana:
- Dia 12/03/14 – quarta-feira
Das 08h00 às 12h00
URES Presidente Vargas
Esclarecimentos sobre a prevenção da DRC interagindo com o
publico - Vídeo e
distribuição de folders.
Parceiros: SESPA-1ª CRS,
UFPA, ARCT-PA
- Dia 13/03/14 – quinta-feira
Das 09h00 às 13h00
Assembléia Legislativa do Estado do Pará – Praça D. Pedro II –
Rua do Aveiro, 130
Serão disponibilizados a comunidade exames de glicemia, urina,
verificação da PA e
IMC/Nutrição.
Divulgação na radio e WEB da ALEPA
Parceiros: ALEPA, ARCT-PA, Casa do Diabético e UFPA
- Dia 16/03/14 – Domingo
Das 8h30 às 13h00
Praça da República
Programação:
Serão disponibilizados a comunidade exames de glicemia, urina,
verificação da PA e
IMC/Nutrição.
Parceiros: FHCGV, SBN, ARCT-PA, UFPA e Clinicas de Hemodiálise de
Belém e
Ananindeua
- Dia 20/03/14 – quinta-feira
Ás 09h00
Audiência Pública em Santarém/PA.
Câmara Municipal de Santarém - Avenida
Dr. Anisyo Chaves, 1001
Referencia dos dados aqui disponibilizados:
- Sociedade Brasileira de Nefrologia
- Associação Dos Renais Crônicos e Transplantados do Pará (ARCT-PA)
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