sexta-feira, 21 de março de 2014

Conheça deperto a FADESP essa que realizará as provas do concurso de Belterra...


 






Por....Ana Célia Pinheiro 

Da Redação

Quatro dirigentes da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), entre os quais o próprio diretor executivo da instituição, João Farias Guerreiro, estão sendo investigados pela Polícia Federal sob a suspeita de formação de quadrilha, corrupção passiva e falsificação de documentos. Segundo informações obtidas pela reportagem, as acusações envolvem superfaturamento de preços, fraudes licitatórias, recebimento de propinas e até um esquema de fornecimento de notas fiscais frias a prefeituras do interior. A Fadesp é a instituição que administra os recursos financeiros da Universidade Federal do Pará (UFPA.)
Além de João Guerreiro, estão sendo investigados a gerente administrativa da Fadesp, Eliana Alzira Levy Fernandes; o coordenador de Prestação de Contas, Carlos Alberto Tabosa da Silva; e o coordenador de Informática, Walter Oliveira Junior. O inquérito foi instaurado em 25 de abril do ano passado e deve ser concluído em meados deste ano. Tramita na 4 Vara da Justiça Federal em Belém, sob o número 2008.39.00.006077-4.
A falsificação teria ocorrido em faturas usadas para encobrir o uso irregular de recursos do Programa de Apoio à Pesquisa (Proap) e em notas fiscais fornecidas a prefeituras do interior, que eram apresentadas nas prestações de contas ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
O esquema contaria com a participação de um grupo de empresas, que venderia talões inteiros de notas fiscais ao coordenador de Prestação de Contas da Fadesp, Carlos Alberto Tabosa da Silva. Seria, também, do conhecimento de vários professores da UFPa, que atuaram na coordenação dos convênios firmados entre a instituição e essas cidades. As notas fiscais seriam repassadas às prefeituras mediante uma 'comissão' de 30%.

Denúncia de irregularidades no concurso da PM

Dois candidatos classificados no concurso público para admissão ao Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar do Pará denunciaram à reportagem do Diário Online a existência de supostas irregularidades, ocorridas na prova realizada em 18 de abril deste ano, pela Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp).
De acordo com os denunciantes, uma falha no enunciado da redação teria induzido os candidatos ao erro. O comando apontava uma autoapresentação assinada pelo autor como texto-base, ou seja, sugeria ao candidato que escrevesse um texto descritivo sobre sua pessoa, assinalado ao final. (Veja a redação na íntegra clicando na imagem ao lado)
No entanto, consta na grade de correção prevista pelo edital do concurso que é proibida qualquer menção que possa identificar o candidato. A identificação da prova implica em atribuição da nota zero, e automaticamente, a eliminação do concurso.
Teoricamente induzidas pelo enunciado da prova, algumas pessoas assinaram suas redações, mas não tiveram sua pontuação zerada e permaneceram concorrendo às vagas, mesmo sob a hipótese de terem sido identificados durante a correção, fato que poderia dar margem a favorecimentos.
Vários candidatos se sentiram prejudicados e entraram com recurso administrativo na Fadesp, relatando justamente o tema confuso da prova e a contradição no resultado. Entretanto tiveram seus pedidos de revisão indeferidos.
Identificando estas irregularidades, alguns candidatos procuraram o Ministério Público do Estado (MPE), que por meio do promotor Marcelo Batista Gonçalves, da Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais e do Patrimônio Público, iniciou um processo de apuração da existência das falhas que comprometiam a validade do concurso.

INVESTIGAÇÃO

No dia 5 de maio o MPE enviou um ofício solicitando ao presidente da comissão do concurso da PM, coronel José Osmar Rocha Neto, que enviasse esclarecimentos dentro de um prazo de 15 dias. O Ministério alegou que o tema da redação, por si só, feria o princípio constitucional da impessoalidade, pois pedia ao candidato um autoretrato, o que facilitaria uma identificação. (Veja o ofício do MPE na íntegra clicando na imagem ao lado)
Um candidato que fez prova no IEEP (Instituto de Educação Estadual do Pará), declarou ao MPE que ficou surpresa ao saber da aprovação no concurso, com 16 pontos, mesmo tendo assinado a redação. Este mesmo candidato tomou conhecimento de que outras pessoas que se identificaram, também tinham sido aprovadas.
Passados 22 dias, a comissão do concurso não enviou nenhuma resposta ao MPE, que por sua vez voltou a contatar a PM, agora enviando um ofício para o coronel Augusto Emanuel Leitão, comandante geral da Polícia Militar do Pará, solicitando novamente esclarecimentos.
A falta de retorno por parte da comissão do concurso poderia render a PM um processo de improbidade administrativa e desobediência ao Ministério Público. Então, no dia 18 de junho, exatamente dois meses depois da realização da prova, a comissão da PM informou que estaria encaminhado o pedido de revisão das supostas falhas à coordenadora do setor de cursos e concursos da Fadesp, Leila Selma Lamarão.

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