Segundo o senador, existe a possibilidade de o PT discutir alianças em mais cinco ou seis Estados que ainda não estavam sendo debatidos. No entanto, Raupp não detalhou quais seriam os Estados. "Os maiores desafios ainda são Rio de Janeiro e Ceará", afirmou o senador.
PT e PMDB podem estabelecer alianças em onze ou doze Estado, segundo o parlamentar. "O PMDB deve lançar de 17 a 19 candidaturas ao governo de Estado neste ano, e o PT deverá lançar entre 11 e 13. Na [próxima] reunião serão estabelecidos procedimentos que não venham a ter enfrentamentos para não comprometer a aliança nacional. A aliança nacional está sólida", afirmou Raupp.
A reunião ocorrerá nos próximos dias em Brasília. Ainda não há definição de data e local. Estarão presentes na próxima reunião o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), o presidente do PT, Rui Falcão, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Questionado sobre o que a presidente falou na reunião, o senador não respondeu.
"Ministério é de competência exclusiva da Presidência", afirmou Raupp ao ser questionado sobre o que foi debatido a respeito de reforma ministerial na reunião com Dilma nesta manhã. "Reforma [ministerial] tem tempo, tem quase um mês para se fazer reforma", afirmou.Sobre a crise estabelecida entre PMDB e PT, Raupp afirmou que "espera que tenha acabado". "Na politica nunca se sabe se a crise está começando, terminando ou ficando maior", comentou o senador.
Na tentativa de pôr fim à crise com o PMDB no Congresso, Dilma se reuniu na manhã desta segunda com caciques do PMDB, incluindo Raupp. A revolta do partido se deve à resistência do governo em dar mais um ministério para a sigla na reforma ministerial em curso, além da recusa do PT em apoiar candidatos do PMDB a governador em Estados como o Ceará e o Rio de Janeiro.
A estratégia da presidente Dilma é tentar conter a rebelião na Câmara, encabeçada pelo líder do PMDB na Casa, deputado Eduardo Cunha (RJ), e isolá-lo cada vez mais.
Na semana passada, Cunha chegou a defender o rompimento da parceria do PMDB nas eleições de outubro e fez ataques, via Twitter, ao presidente do PT chamando-o de "doido" por "boquinhas" no governo. Falcão rebateu dizendo que não iria aceitar "ultimatos" de Cunha.
Indagado se Cunha seria chamado para reunião com o PT, Raupp disse que não há impedimento para que se faça o convite ao deputado.
No fim de semana, a presidente Dilma já havia se reunido com Temer no Palácio da Alvorada para tratar da questão. O PMDB pretende ampliar o espaço no governo na reforma ministerial, mas a tendência é que continue com cinco pastas (Agricultura, Turismo, Minas e Energia, Previdência e Aviação Civil).
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