quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Mãe e filha são enterradas no mesmo caixão em clima de dor e indignação

Elizabeth Cardoso da Conceição, 21 anos, e a bebê dela foram velados e enterrados ontem à tarde em Marituba. Amigos e parentes estiveram no velório, que ocorreu em uma igreja evangélica localizada na rua Canaã, bairro Santa Lúcia, bem próximo à casa onde a vítima morava com a família. Eles estavam inconformados com a morte da jovem e da criança e pediam "justiça".
Segundo a família, o bebê foi enterrado no mesmo caixão da mãe. O enterro ocorreu no cemitério Parque das Palmeiras, em Marituba.
Quando o corpo chegou ao local do velório, os amigos e parentes se emocionaram, começaram a chorar e a cantar músicas evangélicas. Próximo ao caixão que estavam mãe e filho, a família colocou a foto de Elisabeth e da menina.
A mãe da vítima, Rosemary Rodrigues Cardoso, mesmo abalada, falou com a imprensa. Ela disse que deseja justiça e quer que todos os envolvidos sejam presos. "Essa mulher e todos os envolvidos devem apodrecer na prisão. Mataram minha filha e meu neto. Foram dias de angústia e tristeza. Eu quero justiça", afirmou.
A aposentada Valdinei Vitoria Beste, 60 anos, é amiga da família e contou que todos compartilham a dor de perda. "A irmã comentou com os vizinhos que Elisabeth tinha sumido. Todos estão ansiosos pela chegada do bebê. Ela era uma moça íntegra e que trabalhava muito. Vendia guaraná todo dia na praça. Quem fez isso deve pagar pelo crime".
EXUMAÇÃO
Pela manhã, o corpo da bebê filha de Elisabeth foi exumado no cemitério do Tapanã com a presença da Polícia Civil. O trabalho dos peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves foi acompanhado pelo delegado Éder Mauro, responsável pelo inquérito que investiga o assassinato de Elizabeth. A polícia e a perícia foram ao local do enterro após a mulher suspeita de ser a autora do crime, Kátia Cilene Nascimento, indicar onde bebê, do sexo feminino, foi enterrado. Ela enterrou o bebê como se fosse dela e do marido. Os corpos da mãe e da criança foram liberados para sepultamento pelo Instituto Médico-Legal (IML) no início da tarde.
Segundo o delegado, a exumação foi necessária para comprovar legalmente que recém nascido era filho da jovem assassinada. "Também para que a família pudesse enterrar as duas vítimas juntas", informou.

O CPC Renato Chaves informou que o laudo sobre a exumação do corpo e do motivo da morte do bebê e de Elisabeth sai em, no máximo, 20 dias. No entanto, informou a assessoria do órgão, o corpo do bebê foi liberado porque já tinham indícios de que a criança era filha da vítima.

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