sábado, 14 de março de 2015

Alunos de Belterra passam fome em sala de aula.

Nada justifica uma criança passar fome. Não é justo castigá-la a ela." A crítica é de Teresa Francisco, mãe de uma criança de cinco anos 


Pais de crianças que estudam nas escolas do município continuam enviando aos veículos de comunicação local – mas tem gente que não publicou uma linha – mensagens com sua revolta (uns beiram o desespero) por causa da falta de merenda escolar nas unidades de ensino mantidas pela Prefeitura de Belterra. Mais uma escola, desta vez da comunidade do PORTO NOVO, suspendeu o almoço para as crianças de 04 a 08 anos,  a situação só vem se agravando. Para que alguma providência fosse tomada, vereadores do PT, como o vereador Willames..
Os pais denunciam ainda que, ao contrário da propaganda feita pela Prefeitura, alardeando “o maior programa de alimentação escolar do País”, ou as principais refeições das crianças foram cortadas, como por exemplo almoço e café da manhã, ou as crianças são obrigadas a comerem o que ainda tem, alimentos pobres em vitaminas e proteínas, e ricos apenas em carboidratos como arroz e macarrão. O peixe e o frango, por exemplo, sumiram da alimentação das crianças. E, enquanto o prefeita de Belterra, Dilma Serrão, vai vendendo em sua propaganda oficial a imagem de “uma cidade encantada”.
E o mais revoltante, como dizem os próprios pais dessas crianças, é que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e seu secretário Luciano – aquele que é ex tudo, e eterno assessor de de Dilma Serrão – é que a justificativa para as crianças estarem passando fome são problemas burocráticos e judiciais referentes à licitação para a compra de merenda escolar. Mas, é só ler o Diário Oficial do Município para dar de cara com dispensas de licitação que vão desde a contratação de bandas para festas da prefeitura.
Mais outro problema 


Juntar turmas de diferentes anos do Ensino Fundamental para estudar em uma mesma sala de aula parece coisa do século passado, mas não é. As classes multisseriadas ainda são realidade em quatro escolas. Mas engana-se quem pensa que o ensino é prejudicado em função da junção de turmas. A dedicação dos professores acaba superando a principal barreira enfrentada: a falta de infraestrutura.
Para chegar na maioria das escolas isoladas é preciso encarar a estrada de chão, já que ficam em pontos afastados da cidade, nas comunidades do Portoa,  Novo, Piquiatuba, Prainha. Os problemas estruturais já começam por aí, com as condições precárias de algumas estradas. Em Itauari, por exemplo, é preciso andar alguns quilômetros a mais em função de uma ponte que está em obras.
Chama a atenção em boa parte dos educandários a falta de espaço para biblioteca, que é substituída por estantes ou armários com livros. Além disso, as classes muitas vezes não são adequadas para a idade dos alunos, faltam quadras de esportes e as salas de informática geralmente têm poucos computadores para suprir a demanda.
— Um dos nossos principais problemas é a falta de uma sala separada para informática, porque quando tem aula eu preciso sair e ir trabalhar em outro local. Os professores também não têm espaço para fazer intervalo e acabam usando um cantinho na sala de aula — comenta.
Secretaria afirma que escolas estão integradas à rede
O secretário de Educação Luciano, comenta que as escolas multisseriadas ou isoladas, são unidades de pequenos porte com poucos alunos, por isso têm uma infraestrutura física menor.
Professores relatam dificuldades na adaptação
A principal dificuldade relatada pelos professores que atuam nas escolas isoladas  é em relação aos diferentes níveis de aprendizagem que existem entre os alunos de turmas multisseriadas. A professora Juliana, conta que teve bastante resistência até se adaptar a esse modelo de ensino, pois precisou enfrentar a indisciplina dos estudantes.
— A questão dos conteúdos é bem diferenciada. Hoje, em 70% das vezes consigo conciliar os assuntos, mas em outras é necessário separar a turma por nível de dificuldade. Tive que aprender a lidar com essa diversidade e com a indisciplina — argumenta.
Para a professora, Jaqueline, um dos problemas desse modelo é que o professor, muitas vezes, não consegue dar atenção a todos. Mas, segundo ela, as turmas multisseriadas também tem vantagens: já que os estudantes vão assimilando conteúdos mais adiantados.

Um comentário:

Adelmar de Belterra-Pará disse...

O Ensino em Belterra conta com planejamento escolar e acompanhamento pedagógico das escolas e da Secretaria de Educação não conheço nem um aluno coitadinho e nem profissional da educação, alias como Coordenador Pedagógico do município não trabalhamos como opressor de ninguém e nem tal pouco como oprimidos. Para chegamos em destaque entre os melhores IDEB do Pará temos compromisso com a educação e não descaso. Além de temos parcerias com sindicato e com conselho municipal de educação.